domingo, 14 de setembro de 2014

Trilha Sonora de Forrest Gump será disponibilizada em vinil

Lançamento será realizado vinte anos após lançamento do filme nos cinemas, em 1994.

A trilha sonora de Forrest Gump me marcou, as clássicas músicas de Elvis Presley, Creedence Clearwater Revival, Bob Dylan ficaram na minha mente por muito tempo. Na época era louca por cinema e viajava nas histórias e melodias dos filmes. O ano de 1994 foi forte, pois lançou "Pulp Fiction" e também "Um sonho de liberdade" que depois dividiram muitos prêmios e alguns Oscars.


O lançamento faz parte da comemoração de 20 anos da estreia do filme. O disco de 32 faixas contará com três LPs: um vermelho, um azul e um branco.As músicas, lançadas entre as década de 1950 e 1980, serão remasterizadas para a versão em vinil. O produtor musical Joel Sill afirmou que queria que a trilha do filme fosse “reconhecível”, fazendo com que as pessoas consigam acompanhar a cronologia do filme de maneira simples.

“Forrest Gump é sobre tempo; uma jornada de um homem simples em tempos difíceis”, disseram o diretor Robert Zemeckis e o roteirista Eric Roth em um comunicado enviado à imprensa. “E o coração da história é a música, a música que vive conosco, que sempre está lá para nos lembrar das pessoas e eventos do nosso tempo.”

O vinil, que será prensado nos Estados Unidos, estará disponível para venda a partir do dia 4 de novembro. Além disso, o filme foi relançado em IMAX no país neste mês de setembro.

Fonte: Rolling Stone

domingo, 3 de agosto de 2014

Lado D

Trecho do Livro Reportagem "Pontos de Vista"

No outro lado da tela, estão os cineastas. O Lado D traz o ponto de vista de um diretor de cinema em relação à crítica, dando voz àqueles que realizam a sétima arte. Convidamos na ocasião o diretor brasileiro Marco Dutra para contribuir no nosso livro.



Marco Dutra formou-se em Cinema pela ECA-USP e desde a faculdade trabalha em parceria com a amiga de curso, Juliana Rojas. Juntos fizeram o curta-metragem O lençol branco de 2004, selecionado para a mostra Cinéfondation do Festival de Cannes, dedicada a filmes de escola. A dupla voltou ao festival com o curta Um ramo de 2007, exibido na mostra paralela Semana da Crítica, e também com seu primeiro longa-metragem, Trabalhar cansa de 2011, na mostra Um Certo Olhar. Marco também é compositor e roteirista como na série de TV Alice de Karim Aïnouz e Sérgio Machado, exibida pela HBO em 2009.

Na opinião de Marco Dutra a crítica tem um papel fundamental no momento da recepção dos filmes. “Seu olhar atento pode ajudar a entender melhor o que se passa no cinema de um determinado país ou encontrar pontos de diálogo entre cinematografias absolutamente distintas” – comenta o jovem diretor.

Nesse sentido, Marco entende que a análise fílmica tem o poder de interferir na própria maneira com que os filmes e obras são recebidos pelo espectador (pelo menos pelo espectador em sintonia com ela). Por outro lado, ela tem papel fundamental também na avaliação e contextualização histórica das obras. É através do olhar crítico que se pode reencontrar um diretor esquecido e trazer sua obra à tona. Ou então encontrar a importância artística de obras que, do ponto de vista econômico e comercial, estariam fadadas ao esquecimento.

Obs. Essa é parte do capítulo, pois a colaboração do diretor se resumia ao livro elaborado por nós como conclusão do nosso curso de Jornalismo em 2011. Obrigada mais uma vez, Marco!

As Autoras

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Em busca da verdade por Iara

O lançamento do documentário sobre a morte de Iara Iavelberg durante a Ditadura Militar soma-se ao muitos eventos que marcam os 50 anos do Golpe de 64 este ano no país, onde é válido destacar também os filmes “Diário de uma busca”, de Flávia Castro, e “Cidadão Boilesen”, de Chaim Litewski.

O documentário brasileiro “Em busca de Iara” recebeu Menção Honrosa no Festival É Tudo Verdade 2013. O filme de Flávio Frederico e sua esposa Mariana Pamplona esteve em cartaz no Brasil durante o primeiro semestre deste ano.



Através de uma investigação pessoal de sua sobrinha, Mariana Pamplona, o filme resgata a vida da guerrilheira Iara Iavelberg. Uma mulher inteligente, elegante e de origem judia, que deixou para trás uma confortável vida familiar, optando por engajar-se na luta armada contra o regime militar. Vivendo na clandestinidade e executando ações armadas, tornou-se a companheira do ex-capitão do exército Carlos Lamarca, compartilhando com ele o posto de um dos alvos mais cobiçados da repressão.

O foco da obra de 91 minutos é retratar a vida de Iara Iavelberg e o amor por Lamarca, destacando sua influência na formação intelectual do guerrilheiro. No diário de Lamarca, ele conta que ela foi sua “professora de política”, indicando leituras marxistas. A narrativa provoca a glamourização de Iara como musa da resistência armada contra a ditadura militar ao relatar seus amores, beleza física e seu comportamento que fugia dos padrões morais da época.

Os depoimentos são coletados pela sobrinha Mariana que também produz o filme e é responsável pelo roteiro. Pela proximidade da diretora com “a personagem” da obra é nítida a carga emotiva na narrativa. Marina faz uma narração investigativa da história de sua tia e desmonta a versão oficial do regime, que atribui a morte de Iara, em 1971 a um suicídio. As lembranças dos entrevistados são fortes e carregadas de emoção e se intercalam com registros jornalísticos da época. A equipe destaca o esforço pelos depoimentos inclusive do jovem que teria chamado a polícia ao perceber que Iara havia escapado do cerco dos militares em seu esconderijo, porém ele não aceita falar até porque ele era apenas uma criança na época. Mariana e sua equipe visitam o apartamento onde Iara teria morrido e acompanham um antigo amigo da guerrilheira mostrando como foi a ação dos militares. Os diretores procuram apontar todos os lados e pontos de vista da história seja dos guerrilheiros e familiares quanto dos militares na postura do legista que afirmou que Iara havia se suicidado.

Familiares e amigos de Iara nunca aceitaram essa história de suicídio tanto que em 2003, uma ação judicial determinou a exumação do corpo, que fora sepultado na seção destinada aos suicidas do Cemitério Israelita de São Paulo. A conclusão do novo laudo, assinado pelo legista Daniel Munhoz, da USP, apontou que o tiro que causou a morte da militante fora dado a uma distância incompatível com o suicídio, abrindo espaço à tese de uma execução.

Uma questão que podia ser mais forte no filme seria a denúncia da violência que muitas militantes sofreram, sejam elas filhas, mães ou companheiras e que são sub-representadas após 50 anos do Golpe que sufocou o país em 21 anos de regime militar. Faltou um aprofundamento do discurso para a violência sofrida pelas mulheres que respinga até os dias de hoje, poderia se falar que apesar da democracia atual muito familiares ainda sofrem pelo desaparecimentos dos seus filhos na ditadura até hoje. A linguagem foi intimista e optou pelo micro e não pelo macro da causa, poderia ser a busca de Iaras e não de uma só vítima que teve o destino igual ao de muitos brasileiros.

Documentário “Raça” desnuda o mito da democracia racial

Pelas histórias de 3 personagens, “Raça” mostra as conquistas e os entraves para garantir direitos à população negra no Brasil.


Por Ana Paula Alcântara e Maria Carolina Trevisan via 'Ponte'

O filme Raça, de Joel Zito Araújo e Megan Mylan, retrata a luta de três negros por justiça racial. Lançado em 2012, o documentário mostra a vida da quilombola Elda de Linharinho, no Espírito Santo, do cantor e vereador Netinho de Paula, em São Paulo, e do atual senador negro do Brasil, Paulo Paim, em Brasília. “Raça” se aprofunda na vida de cada um dos personagens, mesclando diferentes dimensões da luta pela igualdade racial. Uma das passagens mais contundentes mostra os bastidores da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, um marco importante, ainda que tenha passado por concessões – especialmente no que diz respeito ao direito à terra – para ser aprovado. “A intenção em fazer o filme foi registrar o momento histórico. Finalmente o debate racial estava sendo compreendido como um debate nacional”, diz o diretor Joel Zito Araújo.



O filme teve sua estreia no Festival Internacional do Rio de Janeiro. Desmonta o mito da democracia racial, mostrando a dificuldade de se estabelecer direitos, ainda que tenhamos avançado na dívida histórica do Estado brasileiro por tantos anos de escravidão. Ao mesmo tempo, “Raça” nos faz refletir sobre as conquistas, contrapondo o longo caminho a percorrer para a reparação que a sociedade brasileira deve a essa parcela da população. “O que mais me encantou durante o processo deste trabalho foi a vida dos quilombolas, a preservação da tradição e da africanidade do povo. Foi surpreendente pra mim”, afirma Joel Zito. O diretor também ressalta na obra a importância dos diálogos do senador Paulo Paim dentro do Congresso Nacional pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial.

O documentário lançado nacionalmente em 2013, teve 1.500 cópias distribuídas entre os delegados e representantes de movimentos negros no III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial do ano passado, expandindo assim o alcance além das salas de cinema.

A renda da exibição do filme foi integralmente revertida para o Fundo Baobá, organização não governamental que financia organizações negras brasileiras. Uma importante contribuição para compreender a formação do povo brasileiro.

Joel Zito Araújo é um importante cineasta e pesquisador negro do brasileiro. Ganhou 8 kikitos, entre outros prêmios. Para assistir ao filme completo é necessário entrar em contato neste link www.racafilme.com.

sábado, 19 de julho de 2014

Dois filmes e uma história para contar


Plano B parte da premissa de desvendar o paradeiro do documentário Contradições de Uma Cidade Nova de 1967. É um filme salvando outro para terminar uma missão interrompida. O documentário dos anos 1960, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade descrevia a construção de Brasília e os efeitos colaterais na sua população. 

Plano B


A obra foi barrada justamente pelos patrocinadores que se intimidaram com o resultado realista da narrativa. O fenômeno social da gentrificação foi o estopim da indignação que culminou na censura do filme. O documentário serviu para constatar de que mesmo sendo uma cidade moderna e planejada por renomados arquitetos, Brasília era sim filha legítima do Brasil com suas virtudes e defeitos. 

Plano B conta um capítulo da história recente do país e nos faz ter um outro olhar sobre a capital do Brasil e sua sociedade. O documentário de 2012 foi dirigido por Getsemane Silva e co-dirigido por Santiago Dellape, tem produção da Olho de Gato Filmes e Machado Filmes.


Quem não é visto, não é lembrado!

Depois de um hiato... voltamos!

Uma parada às vezes faz bem.
A partir de agora iremos publicar matérias e críticas próprias, sim, daremos nossa cara à tapa.

Serão textos sobre a sétima arte ao redor do mundo. Também republicaremos textos de outros autores que entendermos serem importantes para o conhecimento geral. Enfim vamos experimentar!

Diante dessa reflexão nos veio à cabeça o filme "O Terminal" (2004) com Tom Hanks, onde o personagem se vê confinado no terminal do aeroporto, sem poder exercer o direito de ir e vir. Não foi o nosso caso, mas reflete um estado de espírito de "parar e pensar sobre toda essa correria". Enfim paramos, voltamos e seguiremos em frente.

Tom Hanks em "O Terminal"


Viva essa nova fase conosco!

As Autoras