Fiquei espantado e esperançoso com os elogios que teve o nosso filme para o Oscar deste ano (de filme estrangeiro). Foi Lisa Schwarzbaum no Entertainment Weekly que escreveu texto elogioso dando ao filme quase a cotação máxima A – (o que seria equivalente a nove).
Eis o que disse:
“Um sentimento furioso de revolta do cidadão é que emoldura a ação chocante em Tropa de Elite (Elite Squad: The Enemy Within), quando policiais brasileiros, criminosos e políticos ferram uns aos outros numa luta eterna pelo poder e por grana. Esta continuação tórrida e Mad as hell (algo como enlouquecedora e louca) do premiado filme de 2007 foi dirigida pelo José Padilha, que foi treinado em documentários (Ônibus 174). Marca o retorno do Capitão Nascimento (Wagner Moura), agora o chefe do Corpo de Elite da Policia do Rio, num momento em que a ação da polícia durante briga de quadrilhas numa prisão termina em massacre. Os ativistas de direitos humanos ficam escandalizados pela brutalidade, políticos em ano de eleição tentam seduzir Nascimento. Enquanto a imprensa também está querendo criar barulho assim como os policiais corruptos. O ritmo é rápido, a violência é dura e o estilo visual de documentário enquanto Padilha deixa claro seu ponto de vista: alguém sempre está no bolso de algum outro. O Sistema constantemente se adapta para se proteger. Na America do Sul, Tropa é o filme mais popular de todos os tempos. Por uma boa razão, este filme bomba (usado aqui no melhor sentido) é o indicado ao Oscar pelo Brasil".
Rubens Ewald Filho,
jornalista, historiador, geógrafo, advogado e crítico de cinema do R7.
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