domingo, 31 de março de 2019

Morre Agnès Varda, pioneira da Nouvelle Vague, aos 90 anos


A diretora Agner Varda morreu aos 90 anos nesta quinta-feira, 28, segundo fontes familiares citadas pela agência AFP. Há pouco mais de um mês, a mítica cineasta da Nouvell Vague havia apresentado na Berlinale o seu último trabalho, Varda by Agnès, uma declaração de amor aos filmes, e aproveitou o festival alemão para anunciar que estava se aposentando do cinema para se dedicar às instalações artísticas. Segundo Cécilia Rose de Tamaris, sua produtora nos últimos 17 anos, a cineasta morreu em sua casa na noite de ontem, vítima de um câncer. “Na tarde desta sexta-feira ela inauguraria uma exposição em Chaumont-sur-Loire, que será aberta sem ela.”


Varda dizia sobre sua carreira: “Nunca fiz filmes políticos, simplesmente me mantive ao lado dos trabalhadores e das mulheres”. Deixa um legado de meia centena de obras audiovisuais e várias instalações artísticas. Em Varda by Agnès, dava uma lição de cinema e repassava a sua vida artística usando as conferências que havia proferido mundo afora nos dois anos anteriores, porque também se aposentava dessas palestras. “Nunca quis dizer nada, mas para quem se interessar, fica aí”, afirmou ela em Berlim. 


A cineasta contava na tela que, se teve uma carreira longa, foi graças aos seus três pilares para fazer cinema: “Inspiração, criação e compartilhar o resultado”. Assim explicava o sucesso de filmes como Cléo das 5 às 7 (1962), As Duas Faces da Felicidade (Le Bonheur, 1965), o documentário Black Panthers que realizou em 1968, quando ela e seu marido, Jacques Demy, viveram em Los Angeles –, Uma Canta, a Outra Não (1977) e Os Renegados (1985), Leão de Ouro no Festival de Veneza.

FONTE: El País Brasil 

Nenhum comentário:

Postar um comentário